Uma verdadeira manhã de ludoterapia ocorreu na quadra recém-reformada do Parque da Maturidade, administrado pela Secretaria da Família (Sefam), no sábado, dia 28. A primeira experiência em participar do Walking Football (futebol caminhando) foi bem recebida pelos participantes.
Todas as atividades são ministradas pelos organizadores da Walking Football Brasil (WFB), que é uma Organização da Sociedade Civil (OSC), filiada à FIWFA (Federation of International Walking Football Association), que traz uma equipe multidisciplinar composta por profissionais de Educação Física e voluntários. “Desenvolvemos uma metodologia pedagógica que visa o bem-estar e a socialização da população maior de 60 anos”, relata Ricardo Leme, o fundador e diretor-executivo. “O Brasil possui cerca de 37 milhões de pessoas nessa faixa etária. Queremos contribuir para que haja um impacto social positivo na vida delas”, complementa ele.
“Gostei da proposta apresentada pela direção da WFB e decidimos recebê-la em caráter experimental aqui em Barueri”, revela Silvio Macedo, titular da Sefam. A seleção dos participantes foi feita por Ednaldo Cavalante, coordenador esportivo do Parque da Maturidade. “Convidamos nossos atletas das modalidades de vôlei e basquete adaptado das categorias masculina e feminina. A adesão foi superior a 90%. Compareceram 40 atletas”, revela ele.
Um expressivo contingente de funcionários da Simpress (uma das empresas patrocinadoras da WFB, sediada em Santana de Parnaíba), também participou do evento. Antes do jogo, houve a exibição de um vídeo e a execução de várias atividades cognitivas e de aquecimento muscular, através das quais os participantes de ambos os gêneros e de várias faixas etárias puderam se integrar.
Horácio Antônio Motta, de 77 anos, frequentador do Parque da Maturidade desde 2010, falou da experiência. “Estou acostumado a me movimentar um pouco mais no voleibol e no basquete, mas foi legal. Nada de ficar sentado no sofá”, ensina. Ele ainda não está satisfeito com as atividades que faz de segunda a quinta-feira. “Quero me matricular na natação este ano”, complementa.
Encontro de gerações
Pedro Lucas Pressato, de 20 anos, estudante de análise e desenvolvimento de sistemas, residente no Jardim Brasil (zona norte da capital paulista), era o mais jovem participante. Ana Luíza de Jesus, costureira aposentada, de 84 anos, por sua vez, era a mais veterana.
“Eu venho ao Parque da Maturidade de segunda a sexta-feira há 16 anos. Adoro tudo aqui. Foi ótimo participar de mais uma atividade”, conta Ana. “É muito diferente do que estou acostumado, mas é legal participar com a família e com os amigos”, afirma Pedro, que estava acompanhado da mãe, Adriana, e de uma amiga dela que veio com uma filhinha de três anos.
Sobre o Walking Football
Pensada inicialmente para maiores de 60 anos, visa resguardar os praticantes de contatos físicos e das consequentes contusões. Não é permitido correr durante o jogo e o mais importante é a integração das pessoas e não o resultado propriamente dito. A modalidade criada na Inglaterra em 2011, chegou ao Brasil em 2018 e é praticada por 2 mil clubes em 16 países. Dependendo do número de participantes, pode ser praticada tanto em quadras de futsal como em campos gramados.
#jornalrmsp #brasil #barueri #esporte #sefam #wfb #walkingfootball #ludoterapia #rubensfurlan #betopiteri #piteri #brunafurlan