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Mulher e SDPD promovem roda de conversa sobre maternidade e deficiência

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Sobrecarga emocional, luto do filho idealizado, autocuidado, maternidade em tempo integral e rede de apoio foram os temas abordados na roda de conversa sobre “Maternidade e a Deficiência”, promovido no dia 29 de maio pela Secretaria da Mulher em parceria com a Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SDPD). A ação fez parte da agenda especial da Secretaria da Mulher para o mês das mães.

Conduzido pela coordenadora do Rede Mulher, Ana Cláudia Victoriano, o bate-papo envolveu mães e profissionais da SDPD e do Centro de Referência pela Primeira Infância (CRPI) da Secretaria de Educação, teve o objetivo de falar sobre a importância de olhar para as mães que têm filhos com deficiência e que na maior parte do tempo não conseguem cuidar de si próprias.

“Quem tem filho com deficiência tem tempo para o autocuidado? Faz algo que gosta sem o filho? Tem rede de apoio?”, questionou Ana. Ela lembrou sobre a responsabilidade das famílias com filhos com deficiência e o quanto isso recai sobre as mães.

“Das famílias monoparentais (formadas por apenas um dos genitores), cerca de 78% dos pais abandonaram as mães de crianças com deficiência e doenças raras antes de completarem cinco anos, segundo relatório de 2012”, cita Ana baseando-se em pesquisa.

Tais dados vão ao encontro com o que relatou a assistente social Silvana Aparecida de Oliveira, que atua na chamada Porta de Entrada, realizando o primeiro contato com as famílias que buscam atendimento na SDPD.

“A maioria que busca o atendimento da SDPD são mães. Elas naturalmente assumem a responsabilidade, mas também há um número expressivo de abandono por parte dos pais quando recebem o diagnóstico dos filhos. Por isso que contar com rede de apoio, como a da Secretaria da Mulher e o CRPI é tão importante”, disse Silvana.

Mãe da Bia 
Na roda de conversa, a participante e usuária da SDPD Vanusa Roullier, que é mãe de uma jovem com deficiência visual, quando perguntada sobre o seu nome, disse que era “a mãe da Bia”, fato que chamou a atenção, já que muitas mães assumem esse papel em tempo integral, esquecendo-se de si mesmas.

“Hoje eu abri os horizontes com relação a olhar mais pra mim, fazer mais por mim. Hoje minha filha já tem 18 anos, é bem autônoma e feliz. Gostei muito desse bate-papo e me fez perceber além”, relatou.

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