A Prefeitura de Barueri, por meio da Coordenadoria de Atenção Básica à Saúde (Cabs), ligada à Secretaria de Saúde de Barueri, promoveu nos dias 27 e 28 de julho o encontro intitulado “Vivência em círculo de construção de paz”, que abordou o tema “Autocuidado”. Dedicado aos profissionais da Atenção Básica que atendem principalmente mulheres vítimas de violência, o evento aconteceu no auditório do Centro de Especialidades Luiz Maria Barletta.
“Para levar informações sobre saúde e prevenção à violência aos demais, profissionais e munícipes precisam ter essa vivência de círculo de paz. Por esse motivo, estamos capacitando os nossos profissionais para serem facilitadores dentro dos equipamentos de Saúde de Barueri. Assim, poderão reconhecer as formas de abusos, saber atuar diante de um caso de violência e acolher esses pacientes”, explicou a diretora do Serviço Social da Cabs, Kely Apolinário.
Na lista de mediadores estava a assistente social e advogada do Núcleo de Justiça Restaurativa da Comarca de Barueri, Marília Mazeto, e a advogada e presidente da Comissão de Direito de Família de Barueri, Luiza Correia, além dos demais facilitadores Andréia Kochi, Ivie Dias, Maria Regina Bianco Dourado e Matheus de Andrade.
Dentro dessa ação foi trabalhado o projeto “Flor de Cacto”, realizado pelo Instituto Moinho, com sede na Bahia, em parceria com a Prefeitura e o Núcleo de Justiça Restaurativa. “Focamos no círculo do autoconhecimento para que os profissionais possam entender todos os tipos de violência contra a mulher, pois para lidar com a violência você precisa entender a sua necessidade e depois a do outro”, explicou a advogada Marília Mazeto.
“Barueri é uma das pioneiras na aplicação da Justiça Restaurativa. Atendemos as famílias vítimas de violência tanto pelo Flor de Cactus como na área processual. Com isso, atendemos mulheres, homens e famílias no âmbito processual. Antes da audiência de conciliação, quando os processos chegam ao Fórum são feitas algumas ações específicas que poderiam ser resolvidas por meio de círculo de paz, através da Justiça Restaurativa, seja civil ou criminal”, complementou a advogada Luiza Correia.
Novos facilitadores
Segundo os organizadores, essa “Vivência em círculo de construção de paz” é uma metodologia da Justiça Restaurativa que tem contribuído para formar um número maior de facilitadores na rede. Os participantes consideraram uma experiência única. “O cuidado da saúde mental aumentou principalmente no período pós-pandemia. Trabalhamos para o bem-estar do próximo e nos deixamos de lado. Achei que fosse um treinamento e me deparei com esse autocuidado, não esperava. Ao compartilhar as nossas vivências, ter mais empatia e olhar para o outro que também tem seus percalços, assim como nós, me deixou emocionada”, relatou a gestora do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas de Barueri (Caps AD III), Adriana Avelar.
“Tivemos a oportunidade de olhar para nós mesmos, conhecer as histórias dos colegas de trabalho, aprender a escutar o outro, ter mais empatia e voltar para casa com outro pensamento e olhar. Achei maravilhoso esse cuidado com a gente”, relatou a gestora administrativa da UBS Dra. Kátia Kohler, Juliana Braz de Azevedo Santos.
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