Pesquisadores da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, criaram uma pele eletrônica capaz de se regenerar por conta própria quando rasgada. O estudo foi publicado na revista Sciences Advances, descrevendo o filme extremamente fino equipado com sensores capazes de medir pressão, temperatura, umidade e fluxo do ar.
Feita com três compostos misturados em uma matriz e encadernados com nanopartículas de prata, a pele eletrônica consegue recriar ligações entre os produtos químicos entre os dois lados, juntando-se novamente. E se o rasgo for muito grande, a pele pode ser embebida em uma solução específica para que seus materiais sejam reutilizados, permitindo a criação de uma nova e-skin. Essa pele pode, um dia, ser utilizada em próteses, além de robôs e tecidos inteligentes.
Essa não é a primeira pele eletrônica já criada. No Japão, pesquisadores conseguiram transformar uma camiseta em um controlador de movimentos de videogame, por exemplo, mas essa nova pele eletrônica é particularmente interessante justamente por ser reciclável. De acordo com Jianliang Xiao, professor-assistente de engenharia mecânica da Universidade, “queremos tornar os produtos eletrônicos compatíveis com o meio-ambiente”.
Segundo os criadores do produto, o processo de reciclagem da pele leva cerca de 30 minutos a 60 graus Celsius, ou 10 horas na temperatura ambiente. A cicatrização, contudo, acontece ainda mais rapidamente, sendo necessária apenas meia hora para que a pele se regenere na temperatura ambiente, ou alguns minutos a 60ºC.
Mas, por mais promissora que a invenção pareça, ela ainda não é perfeita para ser comercializada. É que ela não é tão elástica quanto a pele humana, apesar de ser macia, mas a equipe de pesquisadores segue trabalhando para tornar o dispositivo mais escalável a ponto de ser empregado em próteses para pessoas que tiveram membros amputados.
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