O serviço de streaming da Warner Media, que terá a biblioteca de filmes da Warner e as séries da HBO como carros-chefe, já tem data para entrar no ar. Segundo Robert Greenblatt, presidente do conselho da Warner Media, o serviço, que concorrerá diretamente com Netflix e Amazon Prime, será lançado nos EUA no primeiro trimestre de 2020. O executivo participou ontem de um painel no Cannes Lions – Festival Internacional de Criatividade, ao lado da atriz Laura Dern, uma das estrelas de Big Little Lies, da HBO.
A Warner Media espera que seu catálogo de filmes clássicos, combinado a diversos tipos de conteúdo – em uma oferta deve incluir ainda produções da DC Comics, do canal de jornalismo CNNe dos personagens animados Looney Tunes – seja suficiente para que o serviço se mostrar competitivo mesmo em um cenário em que Apple e Disney+ também estão chegando ao mercado. Segundo reportagens publicadas na imprensa, o serviço da Warner deverá custar um pouco mais do que o da Netflix, sendo ofertados por cerca de US$ 16 nos EUA.
“Mas vamos ser diferentes da Netflix”, afirmou ele, lembrando que a empresa pretende manter a atualização semanal do catálogo de novas séries, como faz hoje a HBO Go com séries como Big Little Lies e Chernobyl. “Não vamos ter 50 mil horas de programação, como a Netflix tem hoje, mas já vamos estrear com 10 mil, o que é muita coisa”, afirmou. Greenblatt disse ainda que a ideia é continuar a ampliar a velocidade de produção de conteúdo, especialmente da HBO, para reduzir essa diferença de forma rápida.
Estratégia de serviço terá de se equilibrar em ‘corda bamba’
Segundo o executivo, no entanto, a estratégia da Warner Media vai ter de se equilibrar em uma corda bamba. Isso porque, de acordo com Greenblatt, a pressão por quantidade tende a comprometer a qualidade das produções. E isso pode ser prejudicial para certas marcas – em especial para a HBO, que hoje é considerada uma “butique” de séries e filmes para a televisão.
Ao lançar um serviço que reúne todos os conteúdos da Warner, de filmes clássicos a programas infantis, o novo serviço pretende também servir a audiências que hoje não são atendidas pela HBO – como o público jovem, por exemplo. “Mas, ao mesmo tempo, teremos filmes clássicos como …E o Vento Levou e O Mágico de Oz, que eram da MGM e hoje fazem parte do nosso catálogo.”
No entanto, será que o consumidor terá dinheiro para pagar as mensalidades de tantos serviços de streaming? De acordo com Greenblatt, a resposta é positiva. “Sim, ele terá recursos, porque vai sair mais barato do que a TV a cabo. No cabo, ele paga por 150 canais e assiste 15, 16 no máximo. Agora, ele vai continuar assistindo o que gosta, só que pagando cada canal por meio do streaming.”
Fonte: Estadão Conteúdo
#jornalrmsp #brasil #economia #barueri #rubensfurlan #tecnologia #warnerstreaming #streaming #warner #greenblatt #hbogo #netflix #biglittle #mgm #chemobyl #cnn