O período de quarentena tem sido muito importante para conter a transmissão do coronavírus. Autoridades de saúde do mundo inteiro defendem essa estratégia diante desse cenário de pandemia em que não há remédios e nem vacinas para curar a doença e ainda pouco se sabe sobre o vírus.
No entanto, o confinamento tem trazido outras consequências que começam a ser analisadas por profissionais de saúde juntamente com a pandemia, e o ganho de peso é uma delas. Ficar em casa o tempo todo favorece ataques mais constantes à geladeira, assim como aumenta a ansiedade.
Mas um pouco de planejamento alimentar pode ajudar a evitar esses quilos a mais, conforme orienta a nutricionista da Cabs (Coordenadoria de Atenção Básica à Saúde) de Barueri, Priscila Koritar.
“O planejamento nos ajuda a realizar as refeições em horários semelhantes todos os dias. Isso contribui para o controle dos nossos mecanismos biológicos de fome, apetite e saciedade, fazendo com que o exagero alimentar seja evitado”, ensina Priscila.
Segundo explica a nutricionista, planejar minimamente o que será consumido ao longo da semana, especialmente as refeições do dia seguinte, é um passo bastante importante. Isso deve ser feito com todas as refeições do dia: café da manhã, almoço, jantar e lanches intermediários, diz.
Para Priscila, “quando planejamos previamente, temos a oportunidade de ter a visão do todo, de tudo o que será consumido durante o dia, fazendo com que todos os grupos de alimentos possam ser consumidos ao longo do dia. Cada grupo de alimentos carrega consigo alguns nutrientes específicos, mas para a manutenção da saúde é necessário a ingestão de todos os nutrientes”.
Cozinhar pra viver melhor
A especialista também ressalta a importância de exercitar os dons culinários, que traz um grande ganho na alimentação, além de priorizar o consumo de alimentos in natura ou minimamente processados (leia mais AQUI).
“Diariamente todos nós somos tomados por diversas demandas e atividades, fazendo com que vivamos e soframos com a falta de tempo. Postergarmos e terceirizamos muitas das nossas responsabilidades, inclusive a alimentação. Entretanto, a alimentação é um importante determinante da saúde, além de grande fonte de prazer e de socialização. Então, por que terceirizar algo que é tão importante? Você deixaria outra pessoa cuidar da sua conta bancária? Cuidar de algo que pode trazer impacto para sua vida a curto, médio e longo prazo? Então, por que rotineiramente fazemos isso com nossa alimentação?”, questiona a nutricionista.
Priscila também reforça o valor do compartilhamento da responsabilidade com o preparo das refeições entre todos os membros da casa, aumentando a integração e a conscientização acerca de novos hábitos alimentares. ”A divisão das tarefas entre todos, incluindo homens, mulheres, crianças e adolescentes, são essenciais para que a carga de trabalho não pese de modo desproporcional sobre um dos membros da família”, alerta, já que esse sentimento pode acarretar em uma falta de prazer por cozinhar comprometendo a qualidade da alimentação de toda a família.
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