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Adestramento: ajuda necessária para o acolhimento

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Quando os pets se recuperam, após serem atendidos pelo Resgate Animal, eles precisam ser preparados para que as pessoas possam os adotar. E o processo que ocorre no CEPAD I para socializar os bichos com os humanos é o adestramento. Mas a prática é restrita somente a animais resgatados e não os que já têm tutores.

O processo de adaptação consiste em acostumar os pets a diversos estímulos em contato com as pessoas e outros bichos. Essa interação resulta em alguns movimentos, como dar a pata, sentar-se, rolar, além de suportar estímulos sem sentir medo ou agredir.

Todos os animais são envolvidos no processo e são passíveis de aprendizado em qualquer idade. Mas, em alguns casos, os bichos levam mais tempo para se adaptar, como os que possuem a personalidade mais agressiva ou os que sofreram maus tratos e carregam traumas. Essa característica pode ser amenizada com o trabalho de socialização.

O responsável pelo treinamento dos animais no Centro de Proteção ao Animal Doméstico (CEPAD) de Barueri por mais de um ano e meio, Jesimiel Lucas, conta sobre o dia a dia, as dificuldades, as alegrias e o êxito de preparar os pets para adoção.

“Temos a área de socialização, que seria um treinamento com os animais, que inclui percurso, interação, diversão e aproveitamos para trabalhar a questão do comportamento de animais medrosos e agressores também nessa área. O dia a dia dos animais é bastante intenso, com acompanhamento veterinário de manhã e à tarde, além do acompanhamento do adestrador e a criação de uma rotina para todos”, descreve.

Segundo Jesimiel, lidar com os animais mais agressivos é a parte mais difícil. “A preparação do animal agressor para adoção passa por uma série de processos até que esse animal responda bem à questão comportamental. O animal que chega agressor, passa por uns três meses intensivos de aproximação, usando técnicas para conseguir recuperá-lo. Mas assim que conseguimos, pra nós é um motivo de total alegria, contando também com as adoções diárias do CEPAD”, comenta o profissional.

O resultado é gratificante, como não consegue esconder o adestrador: “isso resulta em alegria quando todos esses problemas, essas dificuldades, são resolvidas. Nós temos tido êxito em muitos desses casos. Trabalhar com animais em geral, tanto cães quanto gatos, já é um motivo de alegria”, finaliza.

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