Embora não seja regra geral, a maioria dos praticantes da Bocha são de meia idade ou idosos propriamente ditos. Tentando quebrar esse paradigma, o Barueri Esporte Forte, da Secretaria de Esportes, está preparando adolescentes para integrar a equipe de competição.
“Começamos a treinar seis jovens neste mês e já estamos com nove alunos”, revela Carlos Henrique da Rocha, o “Argentino”, um dos instrutores. As aulas com uma hora de duração são às terças e quartas-feiras das 13h30 às 14h30 no contraturno escolar.
“Acreditamos que em seis meses já poderemos ter atletas formados em condições de disputar campeonatos”, conta Reinaldo de Oliveira, o outro mestre, que tem 67 anos e ao contrário de muitos outros jogadores da bocha, já tem 50 anos de vivência no esporte.
“Discordo do fato de rotularem a Bocha como ‘esporte de velhos’. Eu mesmo comecei com 17 anos. O jogador mais jovem que conheci tinha 11 anos”, afirma Reinaldo. “O importante é que a pessoa goste do que está fazendo”, arremata.
Os novos bochistas têm entre 12 e 14 anos. Leandro Felipe Rodrigues, o mais jovem, que está no 7º ano da EMEF Fioravante Barletta, afirma: “esse jogo é legal; me lembra muito o boliche”. Lucas Gonçalves de Melo, que estuda no 9º ano da EMEF José Leandro de Barros Pimentel, por sua vez, diz: “muitos dos meus amigos ainda não sabem que eu treino aqui, mas se vierem ‘tirar sarro’, eu nem ligo”.
A ideia de treinar jovens na modalidade era antiga, mas foi suspensa em razão da pandemia. O Barueri Esporte Forte disputa a Bocha na modalidade “Rafa” no campeonato paulista e também na Copa União. Além de ser recreativa, contribui para a socialização e para a confraternização dos praticantes, amigos e familiares.
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