Conforme ampla divulgação anterior e chamamento público da sociedade, foi realizada nesta terça-feira, dia 14, numa sala anexa ao plenário da Câmara Municipal de Barueri, sob a presidência do secretário de Mobilidade Urbana (Semurb), Valter de Oliveira, uma audiência pública sobre o Plano de Mobilidade Urbana de Barueri (PMOB).
O objetivo desse plano é contemplar os interesses de todos e trazer mais qualidade de vida à população tornando o transporte coletivo mais atraente e fazer da mobilidade urbana um fator de inclusão social e de diminuição de desigualdade social.
Os trabalhos já se iniciaram há cerca de três meses com a criação de uma comissão paritária composta de seis secretarias municipais e seis órgãos da sociedade civil.
Marcos Kiyoto, arquiteto da empresa Risco Arquitetura Urbana, elaborou um minucioso estudo considerando as barreiras urbanas de Barueri: Rodovia Castello Branco, Rodoanel, Rio Tietê e uma via férrea.
“Detectamos que Barueri possui grande concentração de empregos no Centro, Alphaville e Tamboré, alta dependência de transporte individual, segregação espacial e grande volume de viagens intermunicipais”, revela Kiyoto.
Segundo o estudo, são necessárias 62 ações prioritárias (que possuem baixo custo de implantação, possibilidade de início rápido ou em curto prazo, mobilização rápida dos agentes responsáveis e maior efetividade sobre os resultados. Também são necessárias ações de médio e longo prazo.
Participação on-line
Várias questões formuladas por internautas, uma vez que a sessão foi transmitida na íntegra pelo Youtube, foram prontamente respondidas por José Luiz Pinheiro Oliveira, coordenador de Mobilidade da Semurb, e por Ana Paula Isalino, diretora de Topografia da Secretaria de Obras.
Os temas variaram de implantação de ciclovias e ciclofaixas, inclusão de pessoas com deficiência no transporte coletivo e entrega de obras que tendem a aumentar a velocidade, que em horários de pico varia de 30 a 40 quilômetros por hora. As questões de linhas de ônibus também foram abordadas.
O vilão
Tido como símbolo de status e de ascensão social, o automóvel foi considerado por quase todos como o grande inimigo da mobilidade urbana. O excesso de veículos é a causa constante de congestionamentos no trânsito e até rádios especializadas em orientar motoristas a procurar vias menos concorridas foram criadas.
Em países mais desenvolvidos, onde há transporte coletivo eficiente, até executivos se valem dele para trabalho e lazer. No Brasil, a realidade é muito diferente: a maioria procura o transporte individual, mesmo morando e trabalhando bem próximo a estações do Metrô e da CPTM.
Depoimento
Germano Manuel Correia, coordenador do curso superior de Tecnologia em Transportes Terrestres da Fatec Barueri, apontou que “o tema mobilidade urbana é muito recente e desejo longa vida a ele. Teremos que vencer as resistências às mudanças com muito diálogo e habilidade para mostrar que as mudanças trarão melhor qualidade de vida para toda a sociedade”.
O Plano de Mobilidade Urbana de Barueri pode ser consultado na íntegra AQUI e TAMBÉM AQUI. O PMOB passa agora por uma fase de debate e incorporação das sugestões recebidas e deverá ser votado pelos vereadores no segundo semestre.
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