Na quarta-feira (dia 28) a Prefeitura de Barueri, por meio da Secretaria da Mulher, celebrou o Dia do Orgulho LGBTQIAPN+. A data marca a luta pelos direitos do grupo que ainda enfrenta violências físicas e sociais.
A roda de conversa foi realizada pela coordenadoria Rede Mulher, setor responsável em promover ações de enfrentamento à discriminação relacionada à LGBTfobia, crime este equiparado à injúria racial, com pena de até cinco anos de prisão.
O bate-papo foi conduzido pelo psicólogo Danilo Nakashima e começou falando sobre a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Ele citou a constituição brasileira que define que “todos são iguais perante a lei”, porém, na prática isso não acontece.
“Diante dessa igualdade proposta pela legislação, a gente encontra muita desigualdade de classe, gênero e etnia, e a comunidade LGBTQIAPN+ permeia nessas diferenças”, lembra Danilo.
O psicólogo levou algumas indagações como, “O que tem na nossa formação que a escolha do outro pode nos afetar?” ao se referir ao comportamento discriminatório da sociedade em relação à diversidade sexual e de gênero.
“Existe um modelo que está posto, colocado como normal e tudo que é diferente disso é considerado anormalidade. Essa imposição chama-se heteronormatividade compulsória”, explica Danilo sobre o padrão de comportamento da sociedade que culmina no ciclo de exclusão que ocorre na família, educação, trabalho, saúde, política e tem como consequência a violência contra as pessoas LGBTQIAPN+.
Violência
Dados sobre a violência foram expostos na roda de conversa e, de acordo com o Observatório de Mortes e Violências contra o grupo LGBTQIAPN+, no ano de 2022, no Brasil, ocorreram 273 mortes violentas, como assassinatos e suicídios. O Brasil matou um LGBT a cada 32 horas.
Respeito
“Eu sofri transfobia, por isso acho importante, porque ainda pouco se fala da comunidade LGBT, e agora, com a sensibilização dessas pessoas, quem sabe a gente consegue diminuir essa exclusão da comunidade na saúde, na educação e em outros ambientes também”, disse Derick Gutierrez, participante do evento.
Sobre a data
No dia 28 de junho de 1969, na cidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos, aconteceu a chamada Revolta de Stonewall Inn, um bar no qual os frequentadores, na sua maioria transexuais, travestis e gays resolveram dar um basta na violência policial que sofriam. O levante deu início ao movimento LGBTQIAPN+ que é celebrado no mundo todo.
Alie-se à luta!
A Rede Mulher de Barueri, de forma sistemática, oferece acolhimento e acompanhamento psicossocial, dentre outras ações. Você pode se aliar à causa LGBTQIAPN+ disseminando informações de como combater a discriminação relacionada a gênero e sexualidade. O atendimento ao público ocorre na sede da Secretaria da Mulher, que fica na rua Sebastião Davino dos Reis, 756 – Vila Porto.
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