Em comemoração à campanha Agosto Dourado, “Mês do Aleitamento Materno no Brasil”, a Prefeitura de Barueri, por meio da Coordenadoria de Atenção Básica à Saúde (Cabs), ligada à Secretaria de Saúde, promoveu um encontro dedicado aos profissionais da rede para intensificar as ações de conscientização e esclarecimento sobre a amamentação.
O evento, realizado nos dias 4 e 7 de agosto no auditório do Centro de Aperfeiçoamento de Professores (CAP), contou com uma série de palestras ministradas por especialistas da área.
Entre os temas abordados está a importância de amamentar em “livre demanda”, isto é, sempre que o bebê quiser e não a cada duas ou três horas; o que é a “pega correta”; quais lesões mamárias podem ocorrer em alguns casos, como a mastite, que é uma inflamação da glândula mamária; o teste da linguinha para identificar alguma limitação do bebê na amamentação; a forma indicada para extração do leite materno e a atuação do Banco de Leite Humano, localizado no Hospital Municipal Dr. Francisco Moran (HMB).
“Abordamos desde a fisiologia, composição, armazenamento e extração do leite até as dificuldades que surgem ao longo do caminho, pois reunimos a nossa equipe multiprofissional para que possam orientar e acolher essas mães com o intuito delas amamentarem o seu bebê por mais tempo possível”, relatou a diretora técnica de Saúde da Criança da Cabs, Vera Freire Gonçalves.
Campanha
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que bebês até os seis meses de idade sejam alimentados exclusivamente com leite materno. Mas apesar da recomendação, o Ministério da Saúde informa que apenas 45,8% das crianças brasileiras são amamentadas nesta faixa etária.
No Brasil, a Lei nº 13.435/2017 instituiu agosto como o Mês do Aleitamento Materno e faz referência à cor dourada ao padrão ouro de qualidade do leite materno.
De acordo com a enfermeira da rede e consultora de aleitamento materno de Barueri, Luciana Inhasz Aureliano, além de aumentar o vínculo com a mãe, o leite materno é considerado o melhor alimento para o bebê e oferece uma série de benefícios à sua saúde.
“A recomendação é que o aleitamento materno aconteça até os seis meses e depois seja complementado com adição de alimentos variados até os dois anos ou mais. É o melhor alimento da criança, não só na parte nutricional, mas também na questão da imunidade no decorrer da vida dele. Mas a maior dificuldade que a mãe apresenta é a falta de confiança nela mesma em nutrir o bebê. Muitas vezes, ela acaba cedendo à pressão da família e de outras pessoas para oferecer outro leite. Esse encontro veio enfatizar a importância da amamentação e dar autonomia para a mãe alimentar o seu bebê”, explicou Luciana.
“Gostei bastante de participar desse ciclo de palestras. É sempre importante obter cada vez mais orientações técnicas para que possamos passar às mães do puerpério”, complementou o agente comunitário de Saúde, Ilson Roberto Junior.
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