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Valsa do Malandro é sucesso de público na abertura do Festival de Teatro de Barueri 

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Barueri ainda está formando os atores de “Valsa do Malandro”, peça de abertura do 1º Festival de Teatro Profissionalizante Barueri no sábado, dia 16, na Praça das Artes,  mas o furor que eles causaram no público é típico de quem já atua nos palcos por muito tempo.

“Estava prevista apenas uma apresentação às 20h, mas os ingressos gratuitos disponibilizados pela internet se esgotaram rapidamente e decidimos por uma sessão extra às 17h no mesmo dia”, revela Zédú Neves, o diretor da peça.

Além de alunos do Núcleo de Teatro, a produção envolveu aprendizes do Núcleo de Dança, de Circo, de Artes Visuais e os competentes profissionais do Núcleo de Música. Todos esses núcleos são geridos pela Secretaria de Cultura e Turismo de Barueri (Secult) e os cursos são totalmente gratuitos.

Heitor Souza, que está no segundo semestre do curso de teatro, fala do desafio de interpretar duas vezes o papel de Max Overseas. “Meu primeiro papel foi cansativo, mas faria mil vezes novamente. O elenco me deu muita segurança”, contou. Ele tem 23 anos, é designer, mora no Parque Viana e pretende ser ator profissional.

O Festival de Teatro Profissionalizante Barueri, que já teve uma mostra paralela no último dia 17 (domingo) e continua com uma mostra competitiva até a próxima quinta-feira, dia 21, terá os vencedores anunciados na noite da próxima sexta-feira, dia 22, na Praça das Artes. Todas as atividades têm entrada franca.

Megamontagem
Dezenas de profissionais dentro e fora dos palcos, muita dedicação e vários meses de ensaio. Assim foi a montagem do musical “Valsa do Malandro”, baseado em “Ópera do Malandro”, de Chico Buarque, que por sua vez é inspirada em “Ópera dos Três Vinténs, de Bertolt Brecht, adaptada de “Ópera do Mendigo”, de John Gay. Zédú Neves foi assistido por Mônica Granddo, coordenadora do Núcleo de Teatro de Barueri.

“Comecei minha carreira em 1990 dirigindo ópera em Campinas, com coro, solistas, orquestra, grandes cenários e figurinos, porém a magnitude deste trabalho e a forma que, como diretor geral tive de unir várias camadas do projeto artístico, me fazem refletir que realizei a minha maior montagem até aqui. Ressalto, porém, que sem a Secult e o incrível apoio do secretário Jean Gaspar e as parcerias de meus colegas coordenadores, isso não teria acontecido”, afirma Zédú.

Aplausos, abraços e selfies
A direção da peça convidou a plateia a conversar com os atores ao final do espetáculo, mas nem precisava. Dezenas de fãs, amigos e familiares correram para saudar os artistas. André Bertunes, de 26 anos, que interpretou “Geni”, era um dos mais requisitados. “Eu queria esse papel desde as primeiras leituras. Já atuei em algumas produções, mas ‘Geni’ foi sem dúvida o mais complexo e desafiador até hoje. Havia muitas entradas e saídas e trocas de figurino, além de cantar e dançar. Valeu muito a pena”, revelou. O multiartista, que está no quarto semestre do NTB e também é economista, volta aos palcos no final do ano com a peça “A Alma Boa de Setsuan”, de Bertolt Brecht.

Ana Barbosa, de 52 anos, moradora do Vale do Sol, compareceu com uma irmã e um sobrinho para prestigiar seu filho Kainan Silva Matos, que fez o papel de “Philip Morris”. “Não é a carreira que eu imaginava pra ele, mas são os próprios filhos que têm que decidir o que gostam e que caminho vão seguir”, revela.

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