No último final de semana, o projeto Beach Favela, idealizado por Mariana Bruscato e Emerson Barata, realizou mais uma edição de sua tradicional ação beneficente, que todos os anos escolhe um local especial para ser palco de solidariedade e transformação social. Neste ano, o escolhido foi o CT Lucas Sousa, que recebeu a competição com um propósito muito além das quadras: o enfrentamento à pobreza menstrual.
O evento reuniu 120 participantes — entre atletas, professores, familiares, patrocinadores, amigos e profissionais de diversas áreas — todos unidos em uma causa comum. O resultado superou as expectativas: foram arrecadados mais de 30 mil absorventes, que serão destinados a milhares de mulheres em situação de vulnerabilidade.
A iniciativa chamou a atenção para um problema que ainda afeta milhões de brasileiras. Atualmente, cerca de 28% das mulheres de baixa renda entre 14 e 45 anos enfrentam pobreza menstrual, e uma em cada dez meninas falta à escola quando menstruada, muitas vezes por falta de insumos básicos ou pelo medo do constrangimento.
“Transformar vidas sempre foi o meu propósito. O Beach Favela nasceu desse desejo e já me levou a construir a primeira quadra de beach tennis dentro de Paraisópolis, a 3ª maior favela do Brasil. Este evento reforça que a solidariedade pode e deve ser o motor da mudança social”, afirmou Mariana Bruscato fundadora do projeto.
Para o anfitrião do evento, Lucas Sousa, a escolha do espaço reforça a missão do CT:
“Receber uma ação como essa em nossa arena é muito especial. O esporte vai além da competição, ele tem o poder de unir pessoas em torno de causas importantes. Abrir as portas do CT para iniciativas que transformam vidas é, para nós, motivo de orgulho e de compromisso com a sociedade.”
Emerson Barata, presidente do instituto esporte na favela, também destacou a relevância da iniciativa:
“Quando o esporte chega na favela, ele muda destinos. Ver o Beach Favela nascer em Paraisópolis e hoje ganhar espaços como o CT Lucas Sousa mostra que nossa luta vale a pena. Essa ação contra a pobreza menstrual prova que o esporte é ferramenta de inclusão e transformação social real.”
O Beach Favela segue fortalecendo sua missão de unir esporte, impacto social e cidadania, provando que solidariedade transforma.
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