Com o objetivo de minimizar eventos adversos, teve início no Pronto-Socorro José Agostinho dos Santos a Semana de Segurança do Paciente. A iniciativa utiliza uma atividade lúdica como estratégia para sensibilizar e engajar os profissionais de saúde.
“O objetivo da atividade lúdica sobre Segurança do Paciente no Pronto-Socorro é sensibilizar, engajar e fortalecer a cultura de segurança entre os profissionais, de forma prática, acessível e significativa, considerando a dinâmica intensa do setor”, explica a enfermeira Andreia Matias, gerente multidisciplinar. Segundo ela, de forma mais específica, a atividade busca:
- Promover a conscientização sobre os protocolos de segurança do paciente, como identificação correta, medicação segura, prevenção de quedas, higienização das mãos, comunicação efetiva e cirurgia segura, entre outros;
- Estimular o aprendizado ativo, facilitando a fixação do conteúdo por meio de experiências interativas, em substituição a abordagens exclusivamente teóricas;
- Padronizar condutas assistenciais, reduzindo falhas, eventos adversos e riscos evitáveis no atendimento de urgência e emergência;
- Fortalecer a comunicação e o trabalho em equipe, fundamentais para a segurança em ambientes de alta pressão, como o pronto-socorro;
- Desenvolver o senso de corresponsabilidade, reforçando que a segurança do paciente é dever de todos os profissionais, independentemente da função;
- Identificar fragilidades nos processos, possibilitando ajustes e melhorias contínuas na assistência prestada;
- Humanizar o cuidado, incentivando atitudes seguras, empáticas e centradas no paciente.
“Em resumo, a atividade lúdica busca transformar conhecimento em prática segura, promovendo um atendimento mais qualificado, seguro e alinhado às diretrizes institucionais e às metas internacionais de segurança do paciente”, complementa.
Saiba mais
“Hospital Los Errores”
Antes de ingressarem em uma unidade hospitalar propositalmente estruturada de forma incorreta, desde a entrada até os setores internos, todos os profissionais de saúde responderam a um questionário sobre a Meta 2 — Comunicação Segura, estabelecida pela RDC nº 36, de 26 de julho de 2013, do Ministério da Saúde.
Entre as principais inobservâncias identificadas no balcão de informações, recepção, farmácia e leitos de observação estão a falta de higienização das mãos, descuidos pessoais (como cabelos soltos), uso inadequado de luvas, ausência de checagem de dados básicos dos pacientes — como nome completo e filiação —, uso de celular, entre outras situações.
Os “pacientes”, adultos e infantis, entubados ou não, passaram por inspeção realizada por profissionais de saúde, tanto novatos quanto experientes.
As metas
Identificação segura: uso de pulseira branca com nome e dados do paciente logo na entrada e pulseira colorida após aferição da pressão arterial e definição do grau de urgência;
Comunicação efetiva entre os profissionais: atenção redobrada a pacientes homônimos ou com nomes semelhantes e conferência rigorosa do prontuário;
Farmacovigilância: cuidado extremo na administração de medicamentos, especialmente aqueles com nomes, colorações e embalagens semelhantes;
Cirurgia segura: certificação de que o paciente está recebendo o procedimento adequado (observação: a unidade não realiza cirurgias);
Higienização das mãos: prevenção de riscos de infecção para pacientes e profissionais de saúde;
Prevenção de quedas e lesões: ações para evitar o agravamento do estado de saúde do paciente.
Pulseiras de classificação de risco
- Azul: não urgente;
- Verde: pouco urgente;
- Amarelo: urgente;
- Vermelho: emergência.
Pulseiras de riscos assistenciais
- Laranja: alergia;
- Preta: risco de queda;
- Roxa: risco de lesão por pressão;
- Rosa: acompanhante.
Cerca de 140 profissionais, incluindo aqueles que não atuam diretamente no atendimento aos pacientes, deverão participar do treinamento, que segue até o dia 23 de dezembro, em razão do recesso. As atividades terão continuidade na semana de 5 a 9 de janeiro de 2026.
Vale destacar que o Pronto-Socorro do Parque Imperial já recebeu uma estrela do Selo Instituição Amiga do Idoso, concedido pelo Governo do Estado de São Paulo, em reconhecimento aos serviços prestados.
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