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Especialistas em tuberculose capacitam profissionais de saúde de Barueri

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A cidade de Barueri deu mais um passo importante no combate à tuberculose. Na manhã da última quarta-feira (27), o Centro de Eventos do município recebeu a capacitação “Tuberculose – Aspectos Clínicos, Diagnóstico e Tratamento”, ministrada por duas especialistas do Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) de Osasco.

A iniciativa foi promovida pela Secretaria de Saúde de Barueri. Conduzido pelas médicas Giovanna Mariah Orlandi e Maria de Lourdes Viude de Oliveira, o treinamento reuniu médicos, enfermeiros, técnicos e outros profissionais da área da saúde, tanto de Barueri quanto de cidades vizinhas que compõem a chamada Rota dos Bandeirantes.

“Nosso objetivo é capacitar e atualizar o maior número de profissionais para a busca ativa, diagnóstico precoce e tratamento efetivo da tuberculose”, afirmou Fabiana Aparecida dos Santos, diretora da Coordenadoria de Planejamento da Secretaria de Saúde de Barueri. Segundo ela, embora capacitações internas ocorram a cada dois meses, esta foi a primeira vez que uma ação conjunta com o Centro de Vigilância Epidemiológica Prof. Alexandre Vranjac (CVE-SP), da Secretaria de Estado da Saúde, foi realizada no município.

Saiba mais 

Tuberculose: a ameaça invisível  
Ao contrário do que muitos imaginam, a tuberculose não foi erradicada. Trata-se, atualmente, da doença infecciosa que mais mata no mundo, atrás apenas da Covid-19. Países em desenvolvimento concentram a maior parte dos casos.

No Brasil, são notificados mais de 80 mil novos casos por ano, com aproximadamente 5 mil óbitos. Além da forma pulmonar, mais conhecida, existem cerca de dez tipos de tuberculose extrapulmonar, que afetam órgãos como pleura, gânglios, intestino, peritônio, pericárdio, olhos e até a corrente sanguínea (tuberculose miliar).

Todas exigem atenção e tratamento rigoroso. O estigma ainda é um grande desafio. Muitos pacientes escondem o diagnóstico por medo de preconceito ou de perder o emprego. Entre trabalhadores informais ou autônomos, o deslocamento até as unidades de saúde pode comprometer a renda, levando ao abandono do tratamento.

Busca ativa e diagnóstico precoce  
O principal sintoma da tuberculose pulmonar é a tosse persistente por mais de duas semanas. Outros sinais incluem febre ao entardecer, suor noturno, emagrecimento, falta de apetite, cansaço, sensação de falta de ar e hemoptise (presença de sangue na expectoração).

A testagem é simples e gratuita pelo SUS. O tratamento também é gratuito, com duração de seis meses. Seguido corretamente, o paciente deixa de ser transmissor já após 15 dias de medicação. O índice de cura chega a 95%.

Referência regional no enfrentamento à tuberculose 
Barueri é reconhecida como modelo de atenção à tuberculose. Todas as 21 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) contam com equipes capacitadas para a identificação e o acompanhamento dos casos.

O município também possui uma referência secundária especializada no combate à doença. Além das ações em saúde, a cidade realiza encontros bimestrais para discussão de casos, mantém grupos virtuais de apoio entre profissionais, e desenvolve campanhas de conscientização nas escolas, por meio do Programa Saúde na Escola (PSE).

Números da tuberculose em Barueri 

Ano de 2024

  • Exames realizados (busca ativa): 3.567
  • Total de casos: 170
  • Casos novos: 146
  • Pacientes curados: 104
  • Abandono de tratamento: 18
  • Transferência para o para outro Estado: 1
  • Mudança de esquema: 1

Ano 2025 (até agosto)

Busca ativa: 2770 exames 

  • Busca ativa: 2.770 exames
  • Total de casos: 96
  • Total de casos novos: 76
  • Total de cura: 8
  • Abandono: 5
  • Mudança de diagnostico: 1
  • Resistência/falência: 2

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